terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Araruama

Em vísceras de tua carne
se parte em pedaços
os vasos de barro da tua casa.

A janela rompe e arranha o vento
pela madeira que grune velha,
e se abre ao sol:
Iluminando a teia de aranha.

Evapora-se a água ao chão
- da chuva de ontem -
que no quintal
reflete a luz do meio-dia

Teu corpo ainda repousa na cama,
enquanto na casa ao lado
pia a panela de pressão.

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