Seu nome poderia ser Severino,
Lázaro, ou qualquer nome Bíblico
Mas não.
Seu nome era Alex.
Era Alex quem pedia cigarro
nas mesas de boteco
e bêbado abria-se a qualquer um.
Contava sobre sua vida
e soprava – para nós –
com a fumaça do cigarro
suas mortes.
E em sua existência se equilibrava
tanta vida e tanta morte
Vestido em um corpo enrugado
Pelo fogo,
numa tentativa de transformar
suas cinzas em espírito.
Mas o fogo que lhe queimava
vinha do Inferno
e não o derretia.
E por não encontrar Deus
mais em Deus acreditava.
Ele que poderia se perder
Se perdeu.
Mas o amor existe
No gênero humano.
E Alex mais do que qualquer um
sabe o que é ser humano.
Achando em seu Senhor e sua Senhora
o que nenhum poeta soube falar.
Ainda assim sua existência se equilibra
em tanta vida e tanta morte.
Morre em solidão.
Vive em sua carne rasgada.
Morre no ensurdecedor silêncio
do mundo.
E vive – acima de tudo –
porque ama.
Alex não é ator,
nem artista.
Se acha feio
Não gosta de fotografias
Pois conhece a realidade
na epiderme e na alma.
é o último verso lemra:
ResponderExcluir"alma, deixa eu ver sua alma
a epiderme da alma...
su-per-fí-cie"
mas não vou mudar não
só tem graça se voce realmente conhecer o Alex que se queimou pra se matar mas não morreu.
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