Arrebentam as vértebras da coluna do ônibus
Sonâmbulos carros e motos
A cidade invadida verde onde o prédio começa
No nono andar
A preguiça estendida na avenida
Feito esguia água que escorre pelo banco
ou seriam pernas da moça do ônibus,
era Safo sentada ao meu lado
e estalavam suas línguas na minha orelha.
Aurora fumando seu cigarro matinal
e dela nosso herói pede emprestado seu isqueiro
fumando um palheiro na porta do escritório
Mais distante, num posto, Afrodite surge de um mictório
sem ostras, mas naftalinas compondo seu leito
surgida dos testículos esquecidos no banheiro
por um bêbado ou algum caminhoneiro.
Mais tarde – continuando nossa história –
Vi aos beijos bem no centro da cidade
Duas mulheres de jovem idade
Era Safo beijando flores em Anactória
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