Lembra quando nos amamos acima de todas as leis:
Flutuávamos sobre a cama e nossas coxas no ar giravam
enquanto nos enleávamos nas sedas
Quando nosso lençol voou pela janela
e o travesseiro virou um pássaro e foi buscá-lo.
Lembra, que num relâmpago nosso, tudo se fez olvido
calmo o lençol caiu sobre nós.
Lembro que acordamos com o interfone tocando.
O porteiro com voz de tédio perguntando se tínhamos, outra vez,
deixado o travesseiro cair no portão de entrada do prédio
E você, tirando uma pena branca da boca, me disse em versos:
“Nos amamos como se amam nos sonhos
Que nos sonhos estão contidos”
Muito bom, é de uma linearidade tão boa de se ler!
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