quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ônibus-Rosa( ou poesia gay de açúcar)

é quando se pensa
e palavra é corpo

e sentido é mudo
e do verbo se fez carne

como*/ quando pegamos dengue
ou batemos o carro
só por falar...

ou de gritar mudo seu nome
só para te inaugurar
na minha frente
procurando um banco
para se sentar

um banco vago
bem ao meu lado

Obrigado, Senhor
O sangue de cristo tem poder
Aleluia irmãos!!

é por isso
que isso
se chama Ônibus.

teve até aquele hidrante jorrando na frente dos bombeiros, só para deixar tudo mais poético
e lógico crianças
quase morrendo
quase sendo atiradas para fora do Ônibus
seria tragicômico
você se indgnaria?
lógico
mas é preciso que crianças morram para que exista anjos
igual aquele poema do bandeira sabe...
da Jaqueline morta
-não...
não gosto de ler
aquele q fala assim: “jaqueline morreu menina jaqueline morta era mais bonita do que os anjos
os anjos!... bem sei que não os há em parte alguma. O que existe são meninas extraordinariamente belas
mortas
como anjos...”
droga, esse final é meu
é improviso
tchk tichk pray
curte rap?
gosto
gosta de racionais?
não.
então você não gosta de rap...
mano brown é um poeta, mana
já ouviu aquela música que ele fala de uma lágrima?

“o que é e o que é clara e salgada cabe em um olho e pesa uma tonelada tem sabor de mar pode ser discreta...”
não gosto de música.
haha, nem de tom Zé
não.
Nem de poesia
não.

nem de beber?
de beber eu gosto, mas não bebo mais

a criança aquela que não morreu
nem é anjo, nem santa olha
e nos sorri engraçado
eu curto
eu não.
não gosta de criança?
não.
e aquele dia em frente a entrada de algum show na ufg que eu não me lembro que você brincava de vestido rodado e cabelos soltos com uma criança
não lembro disso.

Hidrante jorrando poesia
entre a criança
o teu riso
e tuas ironias.



*Já se passara a hora do almoço, comeria teus olhos se não brilhassem feito pedra

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pára a sintaxe para se rir

é preciso
a dança

é precisa
a palavra

é preciso
o sorriso

Sorriso dançando palavras nos dentes
daquilo que nunca me dirá
amo teu silêncio
como amo teu sorriso

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

No corpo adverso
busco a escrita
do meu corpo
avesso

O silêncio grita
no espelho:
eu não me reconheço

segunda-feira, 28 de março de 2011

O sorriso nos olhos da chuva
submergiu a estrela

Por trás do muro
de tua pele:

outro mundo.
Outras aves

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011