quinta-feira, 15 de abril de 2010

Venus Anadiomene em prosa

Como de um caixão verde-estanho, de uma velha banheira emerge – lenta e imbecil – a cabeça de uma mulher: cabelos finos e ensebados com calvícies muito mal disfarçadas. Saltam do colo graxo e gris as largas omoplatas salientes; o dorso curto a entrar e sair da água.

Em seguida, a curva dos rins parece expandir; A gordura sob a pele surge como em folhas planas: A coluna vertebral é um tanto avermelhada e em tudo há um gosto horrivelmente estranho. É especialmente expostas singularidades que só se veem com lupa: Nos rins dois nomes só gravados: CLARA VENUS;

- E todo o corpo move e estende a ampla anca bela horrorosamente: uma úlcera no ânus.

Um comentário:

  1. adoreiii meu gordooo!!!vc soh faz poesias pra clara chtaao heheheheh
    todos seus textos sao demaaais!!
    TE AMO
    saudades de vc meu orgulho
    beijos Bia

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