domingo, 24 de outubro de 2010

C.

Já se foram os tempos
da lasanha
da máquina de lavar
sofá; cama pia vinho

No passado eu descobri
que as pétalas de rosa
devem ser colidas recentemente

Agora,
fóssil de rosa em algum canto da casa
junto às cartas que não mandei
por virarem poesia.

E guardado na última gaveta,
junto ao seu pijama, está a esperança,
mas tudo bem eu não abro mais essa gaveta.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Two beers?

A luz da mente que ultrapassa esse cérebro placentário
Que pare tantas aberrações monstros horrenda Atena

(Essa luz que vibra:
Penso, logo sofro
Sofro, logo existo)

Essa criança que nasce morta de meu Crânio
e se seca no sol da rua, pois é na rua que se pare
pensamentos.

É quando se rouba a luz dos postes
e eles se apagam quando você passa
matando uma fada por poste apagado.

Essa terrível luz agora ilumina a podridão do cérebro
espantando os morcegos que se mantinham no escuro .
Essa luz que entra pelos ouvidos, passa pelo cérebro
e sai pelos olhos, mas nunca por completa

Parte do corpo da luz fica preso nas teias da memória
Luz chamada Saudade mas também responde pelo nome
de lembrança. Saudade é lembrar
“Recordar é viver”
ou se matar
um pouco cada dia.

Lembrar não vai aumentar seu tempo
e nunca se terá tempo de beber a próxima cerveja.