São os mínimos pêlos, claros, da barriga que em calor se arrepiam
Dessas rochas de recôndita vida, são por essas belas ancas,
Que minha alma feito carne sobre seu corpo ainda vibra
Por todas as manhãs que hão de vir ainda,
ou as noites que já foram um dia.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Assim cantava a morte
Assim cantava a morte:
Nada é o que me sobra
O que me sopra: coisa nenhuma.
De tudo que tive só vermes é o que me resta.
E o que me fica de testamento, como testemunha:
As latas no chão, a sujeira do dia após a festa
E pela fresta da vida, da janela cobro-lhes os juros
Pelos furos que deixei na estrada de minhas vindas
Suas vidas nas minhas entranhas
são coisas nenhuma em ruínas
Nada é o que me sobra
O que me sopra: coisa nenhuma.
De tudo que tive só vermes é o que me resta.
E o que me fica de testamento, como testemunha:
As latas no chão, a sujeira do dia após a festa
E pela fresta da vida, da janela cobro-lhes os juros
Pelos furos que deixei na estrada de minhas vindas
Suas vidas nas minhas entranhas
são coisas nenhuma em ruínas
terça-feira, 29 de junho de 2010
Veículos em transição
Observar a disposição
dos corpos em lugares:
cadeiras, espaços, em branco,
em bancos em letras e sons
E o seu trono fixado ao centro.
(Arbitrária origem)
De uma linha reta, arbitrariamente,
Infinita
Que lhe toca em sua paralela.
Corra selvagem, em extintos pés
de arderem as solas da Terra
Pelas rodas de seu chassi amargo
de pneumático azul a guiar.
andar pela cidade com falsos pés,
nós protozoários pluriformes,
e desagradavelmente deformes
em falsos céus
Nuvens de giz de cera
Voe pelos ares em ondas do pacífico.
São pedras no meio do caminho
Ladeira a baixo
Andando sobre seus ciclos.
Seus tempos e sua mente
sua lúcida visão
alva de nevoeiros vertiginosos.
Sobre esse monte estão as musas
Esplenomegálicas
Construídas nesse escarro de asfalto
Espírito entre margaridas
Céu e Inferno
Barro e tinta e carne!
dos corpos em lugares:
cadeiras, espaços, em branco,
em bancos em letras e sons
E o seu trono fixado ao centro.
(Arbitrária origem)
De uma linha reta, arbitrariamente,
Infinita
Que lhe toca em sua paralela.
Corra selvagem, em extintos pés
de arderem as solas da Terra
Pelas rodas de seu chassi amargo
de pneumático azul a guiar.
andar pela cidade com falsos pés,
nós protozoários pluriformes,
e desagradavelmente deformes
em falsos céus
Nuvens de giz de cera
Voe pelos ares em ondas do pacífico.
São pedras no meio do caminho
Ladeira a baixo
Andando sobre seus ciclos.
Seus tempos e sua mente
sua lúcida visão
alva de nevoeiros vertiginosos.
Sobre esse monte estão as musas
Esplenomegálicas
Construídas nesse escarro de asfalto
Espírito entre margaridas
Céu e Inferno
Barro e tinta e carne!
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Viajante
O corpo inclinado pra frente, e um tanto metido.
De vértebras côncavas para o desconhecido.
Encarar a loucura com a mente lúcida e plástica,
E os olhos raros no ar giram ébrios a pestanejar
buscando sempre a fuga e o incompreendido
Completar a surrealidade de um sonho maldito:
O desespero da sorte de quem desfia e desafia
o fio da morte.
Ao fundo a beleza e o horror a lhe contemplar
a solidão de uma viagem pelo deserto
Cabelo desgrenhado revolto em ideias
de gritos bêbados, mudos e silêncios selvagens
e um sorriso vão e vago de um histrião liberto
das correspondências escritas em teias do mundo.
De vértebras côncavas para o desconhecido.
Encarar a loucura com a mente lúcida e plástica,
E os olhos raros no ar giram ébrios a pestanejar
buscando sempre a fuga e o incompreendido
Completar a surrealidade de um sonho maldito:
O desespero da sorte de quem desfia e desafia
o fio da morte.
Ao fundo a beleza e o horror a lhe contemplar
a solidão de uma viagem pelo deserto
Cabelo desgrenhado revolto em ideias
de gritos bêbados, mudos e silêncios selvagens
e um sorriso vão e vago de um histrião liberto
das correspondências escritas em teias do mundo.
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